terça-feira, 16 de novembro de 2010

Campinas Forks

Hoje acordei tarde, era mais ou menos 9:45.Ontem não dormi em casa, o ranger do colchão velho da casa de minha avó não é nada agradável as 3 horas da madrugada. A manhã foi chuvosa, um pouco barulhenta mas bem reconfortante depois do calor escaudante de ontem.
Fiquei a abservar os pequenos pingos caindo por cima das folhas das plantas do quintal, elas pareciam alegres, como quem esperava por alguém que não se via a muito tempo. Agitadas, abraçando o vento molhado pela chuva, renovando a vida.
"Sua fala foi interrompida por barulhos de trovões, e logo em seguida desabou uma barulhenta tempestade."
- Valentina rich.
A chuva, na maioria das vezes em que me visita, trás com si muitas lembranças. Trás para todos. Para cada gota, uma lembrança, para cada pessoa alguns litros d'agua. Não conheço fenômeno mais belo que a chuva, no seu estado mais passivo.
Mas é difícil saber se ela mesmo vindo passiva até nós, não nos trará o pudor, a saudade, a angustia, o choro.
"lembro-me de quando andava-mos nas calçadas do pequeno lar, a chuva lentamente nos alcançou, e suavemente nos molhava em quanto seguia-mos para a capela. Lembro-me também de perguntar-te se não estava incomodado com o frio do vento e com suas vestes que já estavam transparentes por causa da umidade, e se não achava melhor voltar-mos para casa. Você disse não se incomodar, que voltaria apenas se eu quisesse voltar. Também não me importei. As ruas estavam vazias, ouvia apenas o barulho de nossos passos seguindo pela calçada. Abrir mão daquele passeio, quando todos teriam se deitado para que nós pudesse-mos andar juntos nas ruas em meio a chuva que nos vizitou aquela manhã, sem olhares críticos, sem olhares curiosos, me traria um arrependimento enorme desistir. Apenas o meu olhar no seu, e o seu no meu.
Um túnel feito com arame e cercado pelas folhagens que o cobria, nos levou até a pequena capela feita de pedras grandes cobertas de lodo por tanto tempo sendo visitada pela chuva. Olhei em sua face, e lhe disse o quanto era bonito aquele lugar. Você pediu para que eu fosse até a imagem da mulher vestida com um manto azul, que olhava carinhosamente para nós dois, e fizesse um pedido.
Deixei-te um estante molhando-te sozinho na chuva, e parei a frente da mulher.
Desejei mais do nunca naquele momento, jamais esquecer de seu olhar nos meus olhos. Desejei mais do que nunca naquele momento, que aquele momento, não se acabasse nunca.
Nunca me esqueci do seu olhar. Aquela manhã, é eterna em meu coração. Aquele momento nunca terá fim em quanto eu me lembrar do quão bom foi sentir a tranqüilidade dentro de mim, enquanto me olhava na capela."
- Karol lopes.
Seria o amor a solução ou o sacrifício que a vida nos impõe?
- Dominick Lesbergh.

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